Livre
não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mo consente.
Mas
a minha aguerrida
Teimosia
É
quebrar dia a dia
Um
grilhão da corrente.
Livre
não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a
dentro de mim como um destino.
E
vão lá desdizer o sonho do menino
Que
se afogou e flutua
Entre
nenúfares de serenidade
Depois
de ter a lua!
Miguel
Torga, in Cântico do Homem
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