Personagem de "Os Maias", de Eça de Queirós. Era extremamente bela e sensual. Tinha os cabelos loiros, "a testa
curta e clássica, o colo ebúrneo".
Foi vítima da literatura romântica e daqui deriva o seu carácter
pobre, excêntrico e excessivo. Costumavam chamar-lhe negreira porque
o seu pai levara, noutros tempos, cargas de negros para o Brasil,
Havana e Nova Orleans. Apaixonou-se por Pedro e casou com ele. Desse
casamento nasceram dois filhos.
Mais
tarde foge com o napolitano, Tancredo, levando consigo a filha, Maria
Eduarda, e abandonando o marido e o filho - Carlos Eduardo.
Leviana
e imoral, foi, em parte, a culpada de todas as desgraças da família
Maia. Fê-lo por amor, não por maldade. Morto Tancredo, num duelo,
leva uma vida dissipada e morre quase na miséria.
Deixa
um cofre a um conhecido português - o democrata Guimarães - com
documentos que poderiam identificar a filha a quem nunca revelou as
origens.
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