A
Guerra Peninsular, também conhecida em Portugal como as Invasões
Francesas e em Espanha como Guerra da Independência Espanhola,
sucedeu no início do século XIX, entre 1807 e 1814 na Península
Ibérica, inserindo-se nas chamadas Guerras Napoleónicas. A
princípio, envolveu Espanha e França, de um lado; Portugal e Reino
Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, do outro. Porém, a guerra teve
repercussões além da Europa, influindo na independência das
colónias da América Latina. Sob o comando do General Junot, as
tropas francesas entram em Espanha a 18 de outubro de 1807, tendo
atingido a fronteira portuguesa a 20 de novembro. A 30 do mesmo mês,
chegam a Lisboa. A Família Real e a corte portuguesa haviam fugido,
no dia anterior, para o Brasil, a bordo de uma esquadra naval,
protegida por naus britânicas, e levando consigo cerca de 15 mil
pessoas, deixando o governo do território europeu de Portugal nas
mãos de uma regência, com instruções para não resistir aos
invasores. Ficava, assim, vazio de conteúdo o decreto de Napoleão
dando como banida a Casa de Bragança do trono de Portugal. A 1 de agosto de 1808, com o desembarque de tropas britânicas na Figueira
da Foz, comandadas pelo Duque de Wellington e a sua posterior junção
às forças de Bernardino Freire, comandante do exército português
em Montemor-o-Velho, tem início a guerra Peninsular.
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