Que
amor não me engana
Com a sua brandura
Se de antiga chama
Mal
vive a amargura
Duma
mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na
noite vazia
E
as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se
apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito
à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a
minha beira
Em
novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela primavera
Assim
tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
O nascer do
dia
Zeca Afonso
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