D.
João V, rei de Portugal, havia prometido construir uma basílica se
a sua esposa, D. Maria Ana Josefa de Áustria, lhe desse
descendência. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara foi
interpretado por este monarca como uma graça divina, pelo que, não
olhando a despesas, mandou construir, em Mafra, um enorme edifício
composto por uma basílica, um palácio real e um convento com uma
das mais belas bibliotecas europeias. Às 7 horas da manhã de 22 de
Outubro de 1730, dia em que o rei fazia 41 anos de idade, iniciou-se
a festa de consagração da basílica, que se prolongaria até às 7
de manhã do dia seguinte. Foi servido, na ocasião, um banquete
popular a 9000 pessoas. As festas acabariam por se estender por mais
7 dias, ao som das melodias dos dois enormes carrilhões mandados vir
expressamente de Antuérpia.
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