quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Fuga

A 27 de novembro de 1807, a família real portuguesa, acompanhada da respetiva corte, embarca para o Brasil, por ocasião das invasões francesas. A frota, comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior, far-se-á ao mar a 29 de novembro, um dia antes da chegada a Lisboa do General francês Junot à frente de um exército com cerca de 26 mil homens. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colónia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.

Nos catorze navios, além da família real, viajaram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Levaram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.

Após uma forte tempestade, alguns navios foram parar a S. Salvador e outros à cidade do Rio de Janeiro e é aqui que se instala a corte portuguesa. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este facto gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Unido a Portugal e Algarves.


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