A
4 de julho de 1772, nasce em Peso da Régua, Antónia Adelaide
Ferreira. A sua família possuía muito dinheiro e vinhas. O pai,
José Bernardo Ferreira, casou-a com um primo, mas este não se
interessou pelas plantações da família e dilapidou grande parte da
fortuna. Após a morte do seu marido, ocorrida em 1844, passa, apenas
com 33 anos de idade, a dirigir o negócio da família. A
Ferreirinha, como era carinhosamente conhecida, demonstrou ter sempre
grande preocupação com o bem-estar das famílias dos trabalhadores
e com o desenvolvimento das suas terras e adegas. Apoiada pelo
administrador José da Silva Torres, que seria, mais tarde, o seu
segundo marido, Antónia Adelaide Ferreira lutou contra a falta de
apoios dos sucessivos governos, mais empenhados em construir estradas
e adquirir vinhos espanhóis. Lutou contra a doença da vinha, a
filoxera, e viajou até Inglaterra para obter esclarecimento sobre os
meios mais modernos e eficazes de combatera esta devastadora praga,
bem como obter métodos mais aprimorados de produção do vinho. A
Ferreirinha investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais
expostas à radiação solar, sem abandonar também as plantações
de oliveiras, amendoeiras e cereais. Percorria e vigiava de perto a
Quinta do Vesúvio, uma das suas muitas propriedades. Em 1849, a
produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Graças a bons
acordos, grande parte dos vinhos passou a ser exportada para o Reino
Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto. Quando
faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta
quintas. Deu um valioso contributo para
que o vinho do Porto fosse apreciado em todo o mundo.
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