Põe-me
as mãos nos ombros...
Beija-me
na fronte...
Minha
vida é escombros,
A
minha alma insonte.
Eu
não sei por quê,
Meu
desde onde venho,
Sou
o ser que vê,
E
vê tudo estranho.
Põe
a tua mão
Sobre
o meu cabelo...
Tudo
é ilusão.
Sonhar
é sabê-lo.
Fernando Pessoa, in Cancioneiro
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