domingo, 27 de setembro de 2015

Sylvia Pankhurst

A 27 de setembro de 1960, morre, na Etiópia, a ativista social inglesa Sylvia Pankhurst. Defendeu o sufrágio das mulheres, opôs-se ao racismo e à ascensão do fascismo na Europa e escondeu refugiados judeus.


sábado, 26 de setembro de 2015

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Aqui ao leme

Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!

Fernando Pessoa, in Mensagem

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Paz

Em época de paz, os filhos enterram os pais, enquanto em época de guerra são os pais que enterram os filhos.
Heródoto

domingo, 20 de setembro de 2015

Pedro Hispano

A 20 de setembro de 1276, o médico, professor e matemático português Pedro Julião, também conhecido por Pedro Hispano, é coroado papa, tomando o nome de João XXI.

             https://izambard.wordpress.com/2011/01/14/especial-gastronomia-bolo-de-leite-ninho-por-marta-mazota/

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Língua

A base da (…) relação permanente entre os indivíduos é a língua, e é a língua com tudo quanto traz em si e consigo que define (…) a Nação.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Na dança vou

Na dança
vou
do tempo em mudança,
buscando a esperança
daquilo que eu quero ser
e não sou

Meu corpo avança
no barco em que me vou
em busca daquilo que procuro
e não vou

Meu peito cansa
depois de muito que já andou
envolto na vaga esperança
daquilo que quero
e não sou

E
teimando vou
enquanto não alcanço
aquilo que busco
e não sou.

João Barroso da Fonte

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Hercule Poirot

Durante a Primeira Guerra Mundial, refugiadas belgas foram recebidas pela família de Agatha Christie em Torquay. E foi na nacionalidade delas que a escritora se inspirou na hora de criar o seu detetive, Hercule Poirot.
De nacionalidade belga, embora muitos pensem que é francês, Poirot é extravagante, bem vestido e pouco modesto, “obrigando-se”, por vezes,  o seu amigo Hatings a explicar aos outros quem ele é. O seu apelido vem de poireau que, em francês, significa alho-porro ou verruga. Apareceu já no livro de estreia de Agatha Christie, "O misterioso caso de Styles", de 1921.
“Altura, um metro e sessenta e dois; a cabeça, do formato de um ovo, ligeiramente inclinada para um lado; olhos de um verde brilhante quando excitado; espesso bigode hirsuto como costumam usar os oficiais do Exército; e uma pose de grande dignidade”, assim a escritora descreve o seu mais célebre personagem.
Para Poirot, é possível resolver um crime estando “apenas sentado na sua poltrona”, pois, ao contrário dos outros detetives da Scotland Yard que buscam pistas no local do crime, Poirot utiliza como principal método a psique humana. Não é um detetive de ação, mas de dedução. Agatha Christie considerava-o um pouco chato, devido às suas excessivas obsessões pela ordem e pelo método.
Hercule Poirot não se casou, mas Agatha Christie fez questão de lhe conceder uma grande paixão, a condessa russa Vera Rossakoff, que o detetive conhece durante as investigações de um roubo de jóias. Entre outros, a condessa aparece no livro "Os quatro grandes", como cúmplice dos criminosos. 

Fields of Flowers Cupcakes

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Se eu pudesse trincar a terra toda

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...

Alberto Caeiro, in O Guardador de Rebanhos - Poema XXI
Heterónimo de Fernando Pessoa 

domingo, 13 de setembro de 2015

Aquilino Ribeiro

A força plástica e musical do mundo aquiliniano é admirável.  A serra portuguesa, 
a aldeia patriarcal, o rebanho transumante vivem  nos seus livros, como  a  vida flamenga  e holandesa, nos quadros dos grandes pintores dos Países Baixos.
                                                                                                                                                   Vitorino Nemésio

Biscoito Caseiro Beijinho Freira - 100g.

domingo, 6 de setembro de 2015

Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas, 
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto. 
Só soubemos sofrer, enquanto 
O nosso amor 
Durou. 
Mas o tempo passou, 
Há calmaria... 
Não perturbes a paz que me foi dada. 
Ouvir de novo a tua voz seria 
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga

   Photo: Kate Grewal

sábado, 5 de setembro de 2015

A vida é assim


O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Guimarães Rosa

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Desperdício

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade