O
Dia de São Valentim tem a sua
origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século século
III na cidade de Terni,
a 75 km de Roma.
O Império
Romano era
governado, na altura, por Claudius
II (268
– 270) que estava envolvido em diversas campanhas militares
consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades na
recruta de novos soldados para as legiões romanas. Tendo o Imperador
considerado que a razão destas dificuldades residia no facto dos
homens não quererem abandonar as suas namoradas, esposas e amantes,
proibiu todos os noivados e casamentos em Roma. Contrariando essa
determinação, Valentim, bispo de Terni, continuou a casar jovens
apaixonados. Quando o Imperador tomou conhecimento da celebração
dessas cerimónias, ordenou a decapitação do bispo Valentim, facto
que ocorreu a 14 de fevereiro de 270. Em 498, o Papa
Gelasius santificou-o,
passando o dia da sua morte a estar conotado com os apaixonados. As
festividades em honra deste santo foram, pouco a pouco, substituindo
as Lupercais, festa pagã da fertilidade que se realizava em meados
de fevereiro. Durante a Idade
Média,
Valentim foi um dos santos mais populares em Inglaterra e França.
Vários países adotaram este dia como feriado. É o caso da
Inglaterrra desde o século VII e dos Estados Unidos desde 1700. Em
Portugal, a devoção a São Valentim é bastante limitada. Não
conhecemos, por exemplo, nenhuma freguesia que tenha este santo como
patrono. Já o mesmo não se pode dizer de outros países onde a
popularidade do santo é evidente. Em França, por exemplo, existe,
no coração de Champagne Berrichonne (departamento de l'Indre), uma
localidade chamada Saint-Valentin.
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